quarta-feira, 11 de junho de 2008

Educação continuada em TI

Pegando o gancho do post anterior, queria chamar atenção para a educação continuada em TI.

A área de tecnologia da informação (TI) é critica quando se fala em novidades e mudanças de paradigma, que ocorrem em uma velocidade impressionante. E para nós, profissionais (ou futuro profissionais) que trabalhamos com TI, a educação continuada talvez seja - acredito - uma das estratégias mais importantes para nos mantermos atualizados e competitivos. Embora o conhecimento de uma tecnologia, ferramenta ou prática em desuso nunca seja totalmente perdido, acompanhar as mudanças constantes de cenário exige esforços contínuos. Mas aí vejo um problema: profissionais que não gostam de "estudar" (ou manter-se atualizados).
Estou na faculdade e vejo alguns colegas (a maioria) limitando-se a estudar somente o que lhes são cobrados nas ementas de seus cursos de graduação, e me pergunto: para onde eles irão depois de formados? Sinceramente, eu não sei.

Ainda não entrei no mercado de trabalho, e por isso talvez fale com uma visão diferente da dos mais experientes que já estão na "ativa". Mas o que vejo em sites que divulgam vagas é uma gama de oportunidades. No entanto, os pré-requisitos em sua grande maioria fogem da realidade de um recém formado que só viu o conteúdo acadêmico.

Hoje, mais e mais empresas estão exigindo experiência, sem falar em certificações e domínio inglês. Frases do tipo "desejado certificação x" ou "certificação x será considerado um diferencial" ou até mesmo "obrigatório certificações x, y, z...", são cada vez mais comuns nos anúncios de emprego. Alem da longa lista de linguagens e tecnologias das quais o conhecimento se faz necessário. O inglês já deixou de ser um diferencial e passou a ser um pré-requisito básico. Concordo com o comentário do Igor Abreu: "pare de estudar novos frameworks e aprenda inglês". Algumas empresas já estão bancando a parte técnica se o candidato tiver fluência na língua inglesa.

As empresas reclamam da falta de profissionais qualificados, acredito ser verdade. Mas esses profissionais - que em muitos anúncios que vejo, penso ser o "Super-Homem" - realmente não são tão fáceis de se encontrar e quando encontrados, já estão bem empregados ou por questões salariais migraram para mercados mais aquecidos. Não entrarei no mérito da remuneração, mas a realidade é essa mesmo: ou você se qualifica e procura um diferencial ou está fora!

A educação continuada é atitudinal, ou seja, as pessoas devem estar abertas a novas idéias, habilidades ou comportamentos. Em outras palavras, só depende do próprio individuo. Acredito que pela falta dessa "atitude" (ou de interesse) por parte de alguns estudantes, vemos formados trabalhando com manutenção de micro no fundo de lojas de bairro. O Serge Rehem comentou: "os estudantes precisam reforçar suas capacitações extrapolando o conteúdo programático oferecido pelas universidades..., ...aqueles que 'acordarem' primeiro sairão na frente e garantirão sua vaga no mercado de trabalho sem grande dificuldade...", concordo plenamente e digo mais, manter-se atualizado é essencial e se você não gosta de estudar, definitivamente TI não é a sua área!

Novamente eu me pergunto e deixo a pergunta no ar: para onde vão esses recém formados?


Aguardo comentários.
Um grande abraço a todos e até a próxima.

2 comentários:

Wilson Sabadin disse...

Marcos
Gostaria de saber se dá aulas ou sabe alguem de webdesign.
Grato,

Fábio disse...

Olá Marcos, achei esse post muito interessante e inclusive te parabenizo pela desenvoltura no assunto tão preocupante que é o mercado de trabalho, principalmente para nós estudantes, repetindo ESTUDANTES!

...também percebo pessoas limitadas e posso dizer que também já me prendi muito à conteúdos programáticos de cursos que já fiz e hoje me arrependo mas estou correndo atrás desse prejuízo!

...o mercado é competitivo, as informações são muitas e o fato das empresas demandarem tanto por profissionais qualificados é super instigante pra mim e acredito que pra você também! Tenho 19 anos, atuo com suporte das soluções de comunicação desenvolvidas pela empresa que trabalho e concluindo o 2º semestre de Sistemas de Informação na FIAP tenho uma coisa em mente:

...o mercado é tão dinâmico e as informações são tantas que hoje apezar de não querer me apegar à uma tecnologia específica, tenho interesse em assimilar o que for possível sobre programação orientada à objetos utilizando Java e metologias aplicáveis a área...inclusive a percepção de gerência em projetos de software me instiga bastante! Suporte não é a área em tecnologia que seja dos meus sonhos mas sei que é o caminho para o sucesso e ascenção tanto profissional como pessoal!

...nada como convivendo com os problemas dos usuários com relação a utilização de aplicações para saber como um sistema deve ser feito e como um dia vou saber desenvolver soluções pra "N" problemas...é por isso que leio!

...o mercado JAVA $$$ nos aguarda!

Abraço